Farm Business Advisors connect small-scale farmers in remote areas with peers and markets. (Photo by David Graham/iDE)
No final de 2017, a Projeto Agro Consultoria, através do consultor Cyro Cury Abumussi, foi contratado pelo iDE Global – International Development Enterprises, para realizar um estudo das oportunidades do mercado hortícola em algumas regiões de Moçambique, colaborando para o levantamento dos principais agricultores com perfil para participarem do novo programa da entidade, entitulado SMART (Strengthening the Missing Middle in Agribusiness for Rapid Transformation), financiado pela Agência Sueca de Desenvolvimento Internacional e Cooperação.
iDE acredita que os agricultores são empresários por natureza. Mas um agricultor familiar não se arrisca em assumir riscos como outros empresários. Sua agricultura se limita a aumentar a comida que ele precisa para a sobrevivência de sua própria família. E se ele pudesse crescer o suficiente para alimentar sua família, mais o suficiente para vender no mercado? Ao obter lucro da sua fazenda, ele ganha acesso a melhores alimentos, oportunidades de educação, liberdade para investir em seu próprio negócio e a capacidade de comprar bens básicos que possam transformar a saúde e a vida de sua família. E se outras empresas obtiveram lucro, ajudando-o a ser um agricultor melhor? iDE trabalha de mãos dadas com os governos e outras entidades do setor público para quebrar os obstáculos ao crescimento econômico, para beneficiar os cidadãos mais pobres. Desde 2010 em Moçambique, iDE vem promovendo o emprego de tecnologias inovadoras, melhorando o acesso a insumos e facilitando o acesso a serviços financeiros.
Dando continuidade ao trabalho junto ao iDE, neste ano de 2018, a Projeto Agro colaborará com a promoção da produção comercial de hortícolas na província de Maputo, através do projeto piloto SMART HORTICULTURA, que visa desenvolver pequenos agricultores comerciais, os quais se transformarão em empresas-modelo para os produtores vizinhos. Espera-se aumentar a produção e o conhecimento tecnológico, através do acesso a melhores insumos, estruturas de produção e serviços relacionados, além de orientação sobre a produção e o mercado hortícola.
Para o Projeto Piloto foram selecionados 18 produtores (distritos de Moamba, Boane e Namaacha), com a aquisição e implementação de 70 estufas de produção, através de um mecanismo misto de financiamento que inclui comparticipação, empréstimo e fundo perdido. Em média, cada beneficiário pagará 41% do valor do investimento, e o projeto, incluindo uma contribuição da Acdi-Voca, lhes concederá 59% como fundo perdido.
Saiba mais sobre o projeto:
https://www.ideglobal.org/country/mozambique