II Porteira Aberta da Fazenda Ituaú
Produtora de hortaliças especiais há mais de 40 anos, a Fazenda Ituaú, localizada no município de Salto, Interior de São Paulo, promoveu a segunda edição do Dia de Campo Porteira Aberta, no dia 20 de novembro. O evento contou com palestras, visitação técnica à área de produção, informações sobre cultivo protegido de hortaliças, produção, gerenciamento, rastreabilidade e mercado, além da apresentação de novos produtos e tecnologias pelas empresas expositoras parceiras.
Realizado pela Fazenda Ituaú, em conjunto com a Projeto Agro – Consultoria, Assessoria e Serviços para o Agronegócio –, o evento contou com o apoio da HC2 e da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) e teve como empresas parceiras a Agroplás/Electro Plastic, Estufas Tropical, FMC, Isla, Syngenta, Basf, Feltrin, Horticeres, Plant Defender, Takii Seed, Bayer, Flórida Estufas Agrícolas, Hortishop e Tecnossed.
Participaram do evento mais de 150 pessoas, entre produtores rurais, profissionais de empresas de insumos, distribuidores, consultores e demais envolvidos na cadeia produtiva de hortaliças.
APRESENTAÇÃO – Repensando a Olericultura
Cyro Cury Abumussi, produtor de tomates especiais e consultor em horticultura pela Projeto Agro Consultoria, ex-sócio proprietário da Fazenda Ituaú por mais de 19 anos, deu início a sua palestra intitulada “Repensando a Olericultura”, abordando a produção agrícola diante dos desafios climáticos e de escassez de água, passando por questões trabalhistas; entraves no comércio; exigências legais quanto à preservação das nascentes e às áreas de Preservação Permanente (APPs); importância da adoção de boas práticas de produção, principalmente a preocupação quanto à segurança alimentar; dentre outras questões que afligem o produtor rural. “Estamos vivendo uma era de consumo desenfreado de artigos supérfluos, que tem relação direta com o equilíbrio do planeta. Diante deste contexto, o agricultor permanece com uma responsabilidade muito grande: a de alimentar o mundo”, salienta.
Cyro complementa ainda que “esta é uma profissão muito difícil, pois há inúmeros fatores que impactam no negócio: germinação, transplante, desenvolvimento, colheita, transporte, volatilidade de oferta, procura e preço, e pagamento. Além disso, há a pressão de pragas, clima, condições de mercado, o que demanda envolvimento com diversas outras áreas: química (adubos), física (planejamento da produção, infraestrutura), matemática (preços, análise de custo), biologia (relação com o meio ambiente e fatores naturais)”.
Pensando da Porteira para Fora
Segundo o consultor, não basta o produtor buscar soluções junto aos fornecedores, sem ter um conhecimento crítico do que se está adquirindo, é preciso interagir com ele e ter conhecimento sobre o que aquele determinado produto, serviço e/ou tecnologia pode oferecer e analisar seu custo-benefício. “É fundamental o aprimoramento em termos técnico e de mercado. Precisamos melhorar nossa estratégia de trabalho, planejamento da produção, conhecimento de campo e, principalmente, conhecer o consumidor do nosso produto. Estes são pontos importantes, que diminuem a insegurança e o risco do negócio”, enfatiza Cyro.
Poucos produtores arriscam plantar nas épocas críticas, porque o desafio e o custo são muito grandes e a produtividade é baixa. Porém, Cyro explica que produzir o ano inteiro é mais seguro e rentável do que apenas plantar na época favorável. “Neste sentido o conhecimento e a tecnologia são bem-vindos para nos dar alternativa. A variedade de produção é outro aspecto importante para manter o equilíbrio dos resultados, é preciso aumentar o portfólio de produtos, pois a monocultura é problemática e arriscada”, ressalta.
Outro ponto destacado pelo especialista durante a palestra foi a importância da parceria entre os produtores de uma mesma região para aumentar o faturamento, compartilhar custos e buscar conhecimento em conjunto. “O cooperativismo e associativismo podem ajudar de diversas maneiras. Infelizmente no Brasil o produtor não pensa assim. Se reunirmos dez produtores, por exemplo, para comprar juntos, eles conseguirão obter descontos na compra de insumos e ainda terão uma venda mais lucrativa, por conta do volume e dos canais de distribuição. Por isso, é preciso unir forças”, argumenta.
Para Cyro, o agricultor deve ter uma mentalidade de empresário rural, investindo tanto no aumento de produtividade e qualidade dos frutos – por meio de genética, irrigação, controle de pragas, cobertura de solo, insumos de qualidade, enxertia, dentre outros recursos –, quanto também no aspecto mercadológico – comercialização, embalagem, apresentação, valorização do produto, logística, etc. “Só produzir não faz mais parte da olericultura de pequeno porte. Temos que pensar da porteira para fora também e orientar nossa produção da porteira para dentro, considerando o perfil e as demandas de consumo”, acredita.
O consultor destaca ainda que o consumidor está cada vez mais seletivo e exigente, por isso, os produtos devem ser atrativos e ter mais qualidade. “As famílias estão reduzidas, o que demanda porções menores de hortaliças, em geral, a fim de evitar não apenas o desperdício, como também viabilizar o consumo de produtos sempre frescos. Além disso, outra grande exigência do mercado tem sido o rastreamento e a certificação da produção, visando à segurança alimentar, o que requer investimento, por parte do produtor, em infraestrutura, insumos e processos de qualidade. O investimento em tecnologia, em infraestrutura, mão de obra qualificada e insumos de ponta, pode ser caro, porém, mais caro ainda é não produzir”, conclui.
APRESENTAÇÃO – Regularização da Captação de Água Destinada à Produção Agrícola
Diante da escassez hídrica que tem afetado todo o Estado de São Paulo de forma geral, incluindo de forma específica a atividade agrícola, a programação do evento contemplou também uma palestra sobre a Regularização da Captação de Água Destinada à Produção Agrícola, proferida por Mariella Eltink, consultora da empresa HC2 Gestão Ambiental Sustentável.
De acordo com a consultora, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), órgãos fiscalizadores do uso da água nas esferas federal e estadual, respectivamente, têm buscado alternativas em conjunto com produtores rurais do País, para otimizar o uso dos recursos hídricos na produção agrícola. “Em maio deste ano, saiu a Portaria DAEE nº 1029/2014 que suspende as análises de requerimentos e as emissões de outorgas de autorização de implantação de empreendimento e de direito de uso para captações superficiais (tanques, rios, nascentes) e subterrâneas para poços com até 30 metros. Os pedidos de regularização posterior à data da portaria ficam sujeitos a serem lacrados, dependendo da situação que encontra-se a bacia ou até mesmo multado. Por lei, a prioridade é o abastecimento público, este é o principal fator de lacração de bomba em rios que abastecem a área urbana. Quando o pedido de regularização é para abastecimento para consumo humano, este poderá ser avaliado pelo DAEE”, salienta Mariella.
Segundo ela, todo tipo de captação de recurso hídrico é passível de regularização, com exceção da água da chuva, portanto, “em tempos de escassez de água, como o que vivemos na atualidade, uma boa alternativa é a captação da água da chuva, pois é uma água boa e limpa, que deve ser aproveitada. E, embora seja necessário um investimento relativamente alto em uma estrutura de captação e armazenamento desta água, sem dúvida, vale muito a pena. O reuso de água é uma alternativa que deve ser pensada por todos os produtores, assim como mudar a forma de irrigação, para otimizar o uso do recurso também”, afirma.
A consultora observou ainda que a parte mais crítica em relação à outorga é em relação à captação de água superficial. “A outorga é exigida apenas para captação de água superficial superior a 5 mil litros/dia, caso o volume captado seja inferior a este, a outorga é dispensada, sendo necessário apenas o cadastro de regularização, que é feito uma única vez e não precisa ser renovado. Já a outorga deverá ser renovada a cada cinco anos, sendo necessário entrar com o pedido seis meses antes do vencimento, para informar se a quantidade de água usada permanece a mesma, apresentando novo teste de vazão do poço e nova análise também. Para a captação superficial, o critério é o mesmo, mas não é necessário fazer a análise, enquanto que para barramento o vencimento é mais longo, máximo de 30 anos”, esclarece.
A captação de águas subterrâneas, seja por poço artesiano, semi-artesiano ou caipira, também deve ser regularizada, de acordo com a vazão dos respectivos poços, que demandam, por sua vez, uma estrutura composta por: hidrômetro; ponto de torneira depois do hidrômetro para realizar a coleta da amostra; laje de concreto na base do poço, que tem que estar cercado para evitar infiltração e contaminação da água; cano de nível; dentre outras medidas previstas por lei. “A regularização de outorga exige diversos procedimentos, como a coleta de amostra da água, para saber se a mesma está apta para o consumo e, se não estiver, deve-se providenciar os métodos adequados para tratá-la. É preciso realizar ainda o chamado ensaio de vazão, que revela o comportamento do poço, permitindo assim, identificar qual é a quantidade adequada de captação e distribuição dentro desta água na propriedade”, explica Mariella.
Contudo, de acordo com a consultora, como o processo de obtenção de outorga pode demorar mais de dois anos para ser deferido, “é importante que o produtor rural que ainda não tenha entrado com o processo de regularização, faça o Ato Declaratório, realizado gratuitamente no site do DAEE, no qual o produtor declara que faz a captação de água em sua propriedade e que está se propondo a regularizá-la. Embora este documento sirva como respaldo em vistorias e fiscalizações, é fundamental que ele esteja vinculado à uma iniciativa de regularização na sequência, pois o vencimento do prazo de regularização é em 30/06/2015, caso contrário receberá notificação ou até mesmo penalização por multa”, alerta.
Mariella finaliza apontando que “com os documentos em mãos – requerimentos e protocolos – o produtor poderá ficar livre de ônus, porém, cabe enfatizar que até mesmo os outorgados ou em processo poderão ter suas bombas lacradas até estabilizar a situação de escassez de chuvas na região. Se o produtor que teve sua bomba lacrada for pego bombeando, terá uma penalidade de multa de pelo menos três mil reais por derivação hídrica”.
APRESENTAÇÃO – Práticas de Aplicação de Defensivos
A programação do evento contemplou também uma palestra sobre Tecnologias de Aplicação de Defensivos, ministrada por Fabio Catelan, engenheiro agrônomo da Bayer. De acordo com ele, a qualidade da água para pulverização é fundamental e um dos parâmetros para avaliar sua qualidade é o pH. Por isso, o especialista ressalta que, algumas vezes, dependendo do insumo utilizado, é preciso realizar a correção de pH da água. Outro parâmetro a ser analisado é a dureza da água (água dura) que, conforme tabela abaixo, é medida em Ppm de CaCO3, para identificar se ela é muito rica em sais de cálcio, magnésio e bário, principalmente, mesmo para água de poço artesiano.
“O cálcio e o magnésio ligam-se fortemente com as moléculas e, em contato com o pesticida, por exemplo, pode haver uma reação e, consequentemente, a quebra de moléculas, fazendo com que o produto não tenha mais efeito”, explica Catelan.
O palestrante também passou dicas valiosas para obter sucesso na pulverização. “A rotação ideal da bomba de pulverização é de 540 RPM (rotação por minuto), sendo 60% destinado à pressurização e os outros 40% para contribuição na agitação da calda no tanque. Como se usa em média mais de um produto no tanque para pulverização, se não for bem agitada, a calda não terá o efeito desejado. Por isso, uma vez dentro do tanque, ela tem que estar permanentemente em agitação, seja pelo agitador mecânico e pelo próprio movimento do retorno. A agitação pode ser feita também por meio de um agitador hidráulico, para complementar”, afirma.
Outra questão bastante relevante e que normalmente não é considerada pelos produtores, é a necessidade de conhecer o maquinário com o qual se trabalha. Catelan ressalta que “é preciso conhecer bem o seu trator, para saber o quanto é preciso dar de rotação nele (exemplo: 1700 de rotação) para chegar nos 540 RPM na tomada de força. Outro ponto de atenção também é com relação às pontas de pulverização, que possuem certa vazão quando submetidas à determinada pressão, conforme vem especificado em cada modelo. Por isso, o produtor deve possuir a tabela de pontas do fabricante, na qual ele pode consultar os modelos, pressão de trabalho e vazão da ponta em questão (por exemplo, de 5 a 20 bar). A pressão é identificada por bar, mas caso o manômetro apresente como medida a libra, basta realizar a conversão: 1 bar é equivalente a 15 libras”.
Catelan alerta ainda que “muitas vezes o produtor acha que o equipamento não está molhando o suficiente e então é comum aumentar a pressão para sair mais calda. E isso é errado. É preciso checar na ponteira qual é a pressão ideal de trabalho dela, a fim de garantir que ela produza uma gama de gotas perfeitas. Se extrapolar o nível de pressão, haverá perda de produto e do aspecto ideal da gota, que provavelmente será muito mais fina, além de provocar o aceleramento do desgaste da ponta, podendo reduzir sua vida útil inclusive pela metade”. Por isso, segundo ele, o produtor deve escolher uma ponta que tenha a vazão desejada com uma pressão adequada, de acordo com o perfil desejado, dentre outras opções, para respeitar assim o limite de funcionamento da ponta e aumentar sua vida útil. “A ponteira deverá ser trocada quando for verificado que sua vazão ultrapassou 10% da vazão nominal de uma ponta nova, por isso, para evitar a pulverização irregular, é preciso verificar todas as pontas do pulverizador de uma vez”, observa.
Como a aplicação se dá de forma manual, o que traz um inconveniente pela inconstância de velocidade, é importante aferir o desempenho da aplicação. Uma alternativa confiável, segundo Catelan, para verificar se ela está sendo realizada de forma correta, ou seja, nem a mais, nem a menos, “é por meio de um teste no chamado papel sensível que, durante o processo de pulverização, marca onde estão as gotas e permite checar se a quantidade de gota por centímetro quadrado está dentro do padrão, viabilizando os ajustes necessários”.
DEPOIMENTOS – Expositores
“A estrutura do evento foi ótima e atendeu ao propósito, pois contemplou tanto a parte teórica e demonstrativa, apresentada pelos expositores nos estandes, quanto a parte prática nas estufas, com uma grande variedade de culturas plantadas a campo. Isto foi muito importante para mostrarmos o efeito dos nossos produtos e o manejo que deve ser realizado conjuntamente com o uso”.
Fabio Yamamoto, representante técnico comercial da FMC
“O evento foi interessante para nós, pois recebemos em nosso estande alguns produtores que já conheciam a empresa e outros novos, que puderam saber mais sobre o nosso trabalho. O dia de campo foi muito bom para reforçar e divulgar ainda mais os nossos serviços no setor”.
Moacir Alves Caetano, gerente de Vendas e Projetos de Irrigação da Hortishop
“O evento contou com uma estrutura muito boa, que atendeu as nossas expectativas tanto na área dos estandes, quando no campo. A troca de informações com os produtores, técnicos e demais profissionais envolvidos também foi excelente”.
João Felipe Arruda, representante técnico de Vendas da Basf
“A organização está de parabéns. Nós percebemos, logo nas primeiras horas do evento, que a circulação das pessoas fluiu bem e estava organizada. O número de participantes este ano foi maior e o público presente participou bastante, fazendo muitas perguntas, o que foi excelente”.
Francisco de Assis Ribeiro, representante comercial da Plant Defender
“O evento foi muito bem organizado. A receptividade e interatividade dos participantes conosco foram ótimas . O evento também foi bastante focado no nosso principal público-alvo: os produtores, atendendo nossas expectativas”.
Minoro Yamanouchi, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Takii Seed
“Para nós que somos uma empresa de genética de sementes, é fundamental ter este contato direto com o produtor, principalmente porque nosso produto foi cultivado em algumas estufas aqui da Fazenda Ituaú. Isto facilita na hora de interagir e mostrar a forma de condução e os resultados do material a campo para eles. Foi uma experiência muito positiva e queremos continuar participando deste modelo de evento no próximo ano”.
Carlos José Biondo, gerente comercial da Tecnoseed Sementes
“O evento foi bem positivo. A disposição dos estandes ficou mais ampla e tivemos um tempo maior para trabalhar e demonstrar os nossos materiais nas estufas nesta edição. Outro destaque foi a nova dinâmica das apresentações com grupos de 10 pessoas, formato no qual conseguimos prender mais a atenção dos participantes e explicar melhor sobre o trabalho da empresa, proporcionando mais interatividade também”.
Lana Silvério, responsável técnica de Vendas no Cinturão Verde Paulista da Syngenta
“A disposição dos estandes ficou ótima e as estufas estavam com os materiais bem plantados também. Este evento foi uma oportunidade de trocar informações não só com os visitantes, mas também com as demais empresas do setor. O nível dos produtores, bem focados em suas especialidades, sejam em campo aberto ou cultivo protegido, também foram os diferenciais deste evento, atingindo o público-alvo desejado por nós”.
Altieres Padilha, gerente nacional da Feltrin Sementes
“A dinâmica com a alternância nas apresentações entre os estandes foi uma ótima forma de conduzir o evento. A inscrição controlada também foi muito positiva para focar e restringir a participação no evento, de acordo com o público desejado pelas empresas expositoras”.
Ricardo Suzuki, engenheiro agrônomo da área de Suporte Técnico da Agroplás/Electro Plastic
“A realização de um evento integrado com diversas empresas de diferentes ramos de um mesmo setor é muito importante, pois enriquece o produtor, fornecendo ainda mais informações para ele. Com a divisão das turmas em grupos pequenos, nós pudemos escutar e interagir melhor com os participantes, deixando-os mais à vontade, inclusive para perguntarem sobre algum produto específico e para tirar dúvidas. Este evento superou as nossas expectativas”.
Bruna Tullio, gerente Financeira e Administrativa da Horticeres Sementes
“A dinâmica de como cada grupo visitou os estandes de modo organizado e, também, contemplando uma quantidade de dez pessoas por grupo, foi fantástica, pois sanou um grande problema que ocorre em médios e grandes eventos, nos quais os grupos, por serem grandes, ficam com os participantes muito dispersos, dificultando o repasse da mensagem da empresa”.
Diego Gaspar Diel, coordenador nacional de Vendas da Isla
“O evento atendeu as nossas expectativas, pois com a nova dinâmica para a visitação nos estandes, tivemos um contato bem mais próximo com os produtores, o que facilitou bastante na hora de repassar as informações e, também, de fazer os esclarecimentos necessários.”
Wanderley Sanchez, vendedor da Estufas Tropical
“O formato e a estrutura do evento ficaram muito bons. O tempo de dez minutos para as apresentações também foram adequados, até mesmo porque os visitantes tiveram oportunidade de visitar os estantes durante todo o dia. Gostamos da programação e esperamos algo novo para o ano que vem. A interação com os participantes também foi muito boa”.
Luiz Augusto Hideki Mori, engenheiro agrônomo da área de Desenvolvimento de Mercado, da Bayer S/A
DEPOIMENTOS – Visitantes
“Como na primeira porteira aberta eu não pude estar presente, fiz questão de vir nesta segunda oportunidade para conhecer e levar novidades para as revendas e os produtores atendidos pela nossa empresa. Achei o evento muito bom para o setor, já que é fundamental estar sempre atualizado sobre o mercado, que muda constantemente. Gostei de saber mais sobre o sistema de irrigação por gotejamento que, inclusive, parece ser uma boa opção para o uso racional da água na planta, principalmente agora diante da crise vivida no estado de São Paulo. O evento atendeu as minhas expectativas e espero que no próximo tenha ainda mais participantes”.
Joel Dionísio Lodi Filho, técnico em Agropecuária da Agrobiológica, de Leme (SP)
“Esta é a primeira vez que participo do evento e gostei bastante de tudo o que foi apresentado. Aqui eu pude conhecer produtos novos, o que foi ótimo, pois não tenho acesso a este tipo de material e de informações em minha região. Foi muito interessante ver também novas variedades na prática, já plantadas nas estufas. Vamos tentar utilizar alguns dos produtos apresentados para melhorar ainda mais o manejo em nossa propriedade”.
Tiago José de Almeida, produtor rural de pimentão e pepino japonês do Sítio Dois Irmãos, de São Miguel Arcanjo (SP)
“Sempre participo de muitos eventos, mas é a primeira vez que venho a este dia de campo. O pessoal foi bastante acolhedor e achei tudo bem organizado e preparado, principalmente a parte dos expositores. Gostei muito das palestras, principalmente sobre as questões atuais vividas pelo setor. Inclusive, já identifiquei algumas soluções que levarei para a empresa, pois trabalhamos sempre incorporando novas tecnologias, buscando atualização constante. Como estamos em contato direto com todas as etapas da cadeia – plantio, logística, compra e consumidor final – então aprendemos bastante com isso, é muito bom ter a visão do todo. Trabalho há 25 anos na área, mas a cada dia que passa aprendo um pouco mais”.
Agenor Ferreira, produtor e administrador da área de Legumes do Grupo Demarchi, de São Miguel Arcanjo (SP)
“Já tinha ouvido falar que este evento era muito bom e realmente pude comprovar isso pessoalmente. Parabenizo os organizadores pela programação e estrutura. Muitos produtores aproveitaram para tirar as suas dúvidas e se demonstraram bastante interessados em obter conhecimento. Para combater algumas das principais dificuldades apontadas – como a falta de água e o ataque das viroses – que têm atingido as lavouras ultimamente, a informação e as tecnologias são muito importantes e podem mudar esta realidade”.
Fábio Carlos Busolin, vendedor externo da Hidroceres, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
“É a primeira vez que participo deste evento, que apresentou muitas novidades e uma boa instalação. Trabalho há muitos anos na área, há mais de 65 anos, mas mesmo assim vim para trocar experiências e ideias com os demais produtores, porque isto é muito importante para o nosso negócio. Um ponto mencionado em uma das palestras que me chamou a atenção, que já praticamos em nossa propriedade, é a questão da importância de ter uma boa logística. Disto eu não abro mão: sem ela não planto nem dez pés. Outra questão importante abordada foi a burocracia, que é um dos grandes problemas enfrentados pelo nosso setor, assim como também a falta de mão de obra. Por isso, temos recorrido à mão de obra de outras regiões do País e investido em qualificação técnica para que os profissionais saibam utilizar também as tecnologias que estamos adotando para obter melhores resultados a campo”.
Messias de Castro, produtor de pimentão, de Elias Fausto (SP)
“A estrutura do evento é muito boa e gostei também da programação, porque abordou pontos que realmente estão acontecendo na atualidade, sobretudo os desafios da profissão e a necessidade de investimento em conhecimento e tecnologia. Muita coisa me chamou a atenção na apresentação dos expositores e achei bacana que muito do que foi demonstrado aqui, já está sendo feito em nossa lavoura. Portanto, pudemos ver que estamos no caminho certo e só tendemos a melhorar e progredir, investindo cada vez mais nestes recursos. Esta também foi uma boa oportunidade para rever os amigos e trocar ideias”.
Valdenir Padula, produtor de tomate, de Elias Fausto (SP)